A nova produção da Inconformada Companhia de Moda, Design e Teatro, a In.Co.Mo.De-Te, que é formada por um grupo de artistas: atores, diretores, designers, iluminadores, musicistas, que trabalham com diferentes linguagens e juntos montaram um projeto baseados no trabalho do ator, está prestes a estrear. A companhia já montou e produziu O GORDO E O MAGRO VÃO PARA O CÉU, DENTROFORA, A VIDA DELE, MOVIMENTOS SOBRE RODAS PARADAS e, agora, PALÁCIO DO FIM.
O pano de fundo do espetáculo PALÁCIO DO FIM é um dos conflitos mais marcantes do início do século 21, a Guerra do Iraque, que completa 17 anos, com a invasão americana ao país árabe.
A guerra começou oficialmente em 20 de março de 2003. Uma coalizão liderada pelos Estados Unidos enviou 200 mil soldados ao Iraque, a despeito da falta de autorização da ONU para tal e em meio a protestos antiguerra ao redor do mundo.
A promessa era de uma intervenção rápida, como parte de uma campanha para derrubar Saddam Hussein, que comandava o país desde 1979, e recuperar armas de destruição em massa supostamente em posse do líder iraquiano - que se provaram inexistentes.
Mas a guerra perdurou por anos, deixando de herança um país hoje fragmentado e politicamente instável, enfraquecido por conflitos sectários que favoreceram a ascensão de grupos extremistas, como o autodenominado Estado Islâmico, e contribuíram para a volatilidade regional.
A autora do texto é Judith Thompson, uma dramaturga canadense que vive em Toronto. Por Palácio do Fim (2007), ela recebeu dois prêmios: o Prêmio Susan Smith Blackburn (uma competição global pela melhor peça escrita por uma mulher no idioma inglês) e o Prêmio Internacional de Liberdade de Expressão da Anistia. Palácio do Fim é um de seus textos mais famosos e já foi produzido em todo o mundo em várias línguas.
No palco, três visões diferentes sobre a guerra do Iraque: uma ex-combatente americana, um pesquisador de armas nucleares inglês e a esposa de um líder político Iraquiano contrário à Saddham Hussein. Uma reflexão humanista sobre as tênues fronteiras éticas, morais e políticas que uma guerra envolve.
Com direção de Carlos Ramiro Fensterseifer e atuação de Liane Venturella e Nelson Diniz, PALÁCIO DO FIM fica em cartaz de 12 a 22 de Março, de quinta a sábado, às 21h e domingo às 20h, na GALERIA LA PHOTO. Há somente 20 ingressos por sessão no site da EntreAtos (www.entreatosdivulga.com.br/palaciodofim). O espetáculo conta com a participação especial de Fabiane Severo e Sandra Possani.
Nelson Diniz e Liane Venturella , na peça teatral Palácio do Fim, nos fazem mergulhar na história de uma guerra enraizada na mentira e no abandono de valores humanitários e que tem como
contraponto a coragem de denunciar, a fidelidade, o dever moral, a fé e o amor pelo próximo. Imperdível
e instigante.