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RHINOCERONTES
Dias 13, 18, 20, 27 de Novembro
Dias 02, 04 e 09 de Dezembro
Seg e Qua às 21h

Bar Ocidente
RHINOCERONTES
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Duração:

120 min

Ingressos

Apenas 50 ing. disponíveis

Sobre

A peça é uma sátira sobre a conformidade e a alienação da sociedade moderna, que retrata a transformação gradual dos habitantes de uma cidade em rinocerontes e é a comemoração dos 21 anos da CIA TEATROFÍDICO.


A direção e a iluminação são de Eduardo Kraemer, que também assina a adaptação do texto. No elenco, estão Renato del Campão, Diego Stefani, Pingo Alabarce, Juliana Strehlau, João Petrillo, Bibi Dias e Alexandre Farias. 

A peça é uma obra do gênero chamado "teatro do absurdo", livremente inspirada em Ionesco, que surgiu no século 20 após a Segunda Guerra Mundial. O teatro do absurdo se caracteriza pela ruptura com os gêneros clássicos, como o drama ou a comédia, e pela apresentação de uma realidade sem sentido, ilógica e carente de propósito e é uma sátira sobre a conformidade e a alienação da sociedade moderna, que mostra a transformação gradual dos habitantes de uma cidade em rinocerontes. 
Também é considerada uma metáfora da ascensão dos regimes totalitários, especialmente o nazismo, e da influência das ideologias sobre o comportamento humano. A peça é dividida em três atos, e tem como personagens principais Bérenger, um funcionário público que resiste à epidemia de rinocerontes, e Jean, seu amigo que se transforma em um deles.


A encenação da Cia Teatrofídico
A montagem da Cia Teatrofídico conduz o espectador por 3 cenários diferentes de um universo distópico no prédio do Ocidente Bar: o primeiro ato se passa na rua em frente ao bar onde mesas estão dispostas e os atores criam o ambiente que o texto propõe(sinopse acima) numa contracenação de rua onde o público está dentro da cena e participa como figurante dos acontecimentos. O caráter é cômico/dramático onde as atuações grandiloquentes beiram o ridículo como forma de criticar uma sociedade autoritária, fascista e opressora. A história de Bérenger, um homem negro comum, funcionário mediano e que sofre racismo o tempo todo conduz as cenas com vigor e estranhamento.
No segundo ato, o público é conduzido para o interior do prédio onde assiste a peça no mezanino, vendo a encenação de cima pra baixo numa arena que representará um escritório de fabricação de fake news. A atmosfera opressora, decadente, estilizada por máquinas e contadores de tempo faz o 
contraponto mais relaxado do primeiro ato. No terceiro ato, o público é levado ao terceiro andar da casa onde entram nos quartos de Jean e Bérenger revelando a intimidades destes personagens. Os quartos são intimistas, pouco iluminados com projeções de um mundo em caos nas janelas, um mundo onde todos já se transformaram em rinocerontes e atinge o clímax quando Bérenger se nega a ir com a manada. Poucos elementos cenográficos numa encenação vigorosa, ás vezes violenta e densa mais uma vez contrapõe os atos anteriores.
A encenação como um todo vai do macro, onde os personagens vibram com as energias da rua até o mais íntimo de um quarto que desnuda e revela a alma destes seres atordoados e perdidos em meio á massificação, a violência e o descaso de um sistema falido.

 

ABSURDO X DISTOPIA
O teatro do absurdo é uma tendência teatral que surgiu na Europa após a Segunda Guerra Mundial, como uma forma de expressar o sentimento de absurdo que dominava a sociedade da época. O absurdo, segundo o filósofo Albert Camus, é a sensação de estranhamento e incompreensão diante de uma realidade sem sentido, lógica ou propósito. Os autores do teatro do absurdo, como Samuel Beckett, Eugène Ionesco, Arthur Adamov, Jean Genet e Harold Pinter, romperam com as convenções dramáticas tradicionais e criaram peças que apresentavam situações ilógicas, irracionais e paradoxais, com personagens que sofriam de alienação, solidão e angústia. O teatro do absurdo se caracterizou pela ruptura com a linguagem, a lógica e a causalidade, pela ausência de enredo e conflito, pela repetição e circularidade das ações e pelo humor negro e grotesco.
A realidade distópica, por sua vez, é uma representação de um mundo imaginário onde há uma situação social indesejável, opressiva ou injusta. A distopia é o oposto da utopia, que seria um mundo ideal, harmonioso e feliz. A distopia é um gênero literário e cinematográfico que ganhou popularidade no século XX, especialmente durante as guerras mundiais e a Guerra Fria, como uma forma de criticar ou alertar sobre os perigos de certos sistemas políticos, sociais ou tecnológicos. Alguns exemplos de obras distópicas são 1984, de George Orwell, Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, Fahrenheit 451, de Ray Bradbury e Jogos Vorazes, de Suzanne Collins.


A relação entre o teatro do absurdo e a realidade distópica no teatro contemporâneo pode ser vista como uma continuidade ou uma atualização das questões levantadas pelos autores do pós-guerra. O mundo atual ainda enfrenta problemas como a violência, a desigualdade, a alienação, a manipulação e a perda de valores humanos. O teatro contemporâneo reflete esses problemas através de peças que exploram o absurdo e a distopia como formas de denunciar ou questionar a realidade. Alguns exemplos de peças que fazem essa relação são:

- Piquenique no front (1952), de Fernando Arrabal: Uma peça que mistura o absurdo e o surrealismo para retratar a guerra como um jogo infantil e cruel. A peça mostra uma família que vai fazer um piquenique no campo de batalha onde seu filho está lutando. A peça critica a banalização da violência e da morte na guerra.
- O rinoceronte (1959), de Eugène Ionesco: Uma peça que usa o absurdo e o simbolismo para representar a conformidade e a perda de identidade na sociedade moderna. A peça mostra uma cidade onde as pessoas começam a se transformar em rinocerontes. A peça é uma metáfora da ascensão dos regimes totalitários e das ideologias que influenciam o comportamento humano.
- Incêndios (2003), de Wajdi Mouawad: Uma peça que combina o drama e o épico para narrar a história trágica de uma família marcada pela guerra civil no Oriente Médio. A peça mostra a busca dos filhos gêmeos por sua origem e seu destino. A peça aborda temas como o ódio, a vingança, o amor e o perdão.
- Uzina (2011), de Alexandre Dal Farra: Uma peça que utiliza o absurdo e o realismo para mostrar a exploração e a desumanização dos trabalhadores em uma fábrica. A peça mostra um dia na vida de um grupo de operários que são submetidos a condições precárias e humilhantes. A peça denuncia a opressão do sistema capitalista e a alienação do trabalho.


Esses são apenas alguns exemplos de como o teatro do absurdo e a realidade distópica se relacionam no teatro contemporâneo. Há muitas outras peças que podem ser citadas ou analisadas sob essa perspectiva. O importante é perceber que o teatro é uma forma de arte que reflete e questiona a realidade, e que o absurdo e a distopia são recursos estéticos e críticos que podem nos ajudar a compreender e transformar o mundo em que vivemos.
 

Avisos

Avisos

INGRESSOS LIMITADOS | apenas 50 ing. disponíveis.

Fique atento ao e-mail cadastrado na compra. 

Em virtude do espetáculo ter o primeiro ato encenado todo na rua, infelizmente nos impossibilita de realizá-lo em caso de chuva no horário do espetáculo. Neste caso você pode pedir o reembolso ou escolher outro dia para assistir (pelo chat do site, whatsapp 51999848922 ou pelo e-mail entreatosdivulga@gmail.com).

Ingressos na hora: Inteira R$80,00 e Meia R$40,00.

Fotos Adriana Marchiori

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